3 de dezembro de 2016

Após derrota, PMDB estuda expulsar deputados Audic Mota e Agenor Neto

Audic Mota era uma das principais vozes de oposição na AL, mas se juntou a governistas para reeleger Zezinho (Foto: Maximo Moura)
O PMDB cogita expulsar os deputados estaduais Audic Mota e Agenor Neto da sigla. Ambos votaram contra a orientação do partido em eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa na última quinta-feira, (01/12). A disputa acabou elegendo o candidato governista Zezinho Albuquerque (PDT).

De acordo com a decisão partidária, firmada dois dias antes da votação, os deputados do PMDB deveriam apoiar a chapa de Sérgio Aguiar. No entanto, negociações com o governo fizeram com que ambos mudassem de postura.

Audic Mota, que tem sido um dos deputados mais atuantes da oposição, foi além da mudança de voto. Ele integrou a chapa como 1º secretário, um dos cargos de maior prestígio no parlamento. Ele alega que se aliou a Zezinho por interesses regionais. Sérgio era apoiado por Domingos Filho, rival político de Audic nos Inhamuns.

“Antes mesmo da votação, tinha ficado acertado que quem contrariasse a posição do partido seria expulso e poderia inclusive perder o mandato”, conta a peemedebista deputada Dra. Silvana.

O PMDB deverá se reunir na próxima quinta-feira, 8 de dezembro, para “se rearrumar”, disse Dra. Silvana. “Conversei com o senador Eunício e ele disse que o assunto ficará nas mãos do Conselho de Ética do partido”, disse ela.

O jornal O POVO tentou contato com os deputados Audic e Agenor Neto para comentar a questão, mas não obteve retorno até o fechamento desta página.

O deputado Osmar Baquit (PSD) também está entre os que mudaram de lado pouco antes da votação. Segundo seu partido, ele também deveria votar em Sérgio. Mas optou por Zezinho. Ele irá voltar para a Secretária da Agricultura, Pesca e Aquicultura, de onde saiu no início deste ano.

Segundo ele, o partido PSD não fechou questão, portanto não poderia expulsá-lo. “Se o partido for realmente para a oposição, não tenho clima para ficar. Vou ter que mudar. Vou conversar com prefeitos aliados para decidir para qual partido irei. Mas só no tempo legalmente permitido, para eu não perder meu mandato”, explica.

Osmar diz ainda que entende se alguns colegas passarem a hostilizá-lo, mas torce para que a base volte a ser como antes da última semana, quando PSD, PMB e PEN ainda estavam com o governador Camilo Santana.

“Fui eleito dentro de um projeto, não posso passar para oposição. Já fui secretário de Camilo e serei de novo. Não faria sentido ser oposição. Espero que as coisas se acalmem, voltem à harmonia e possamos ter uma conversa adulta”, afirmou o deputado.


Com informações O Povo Online

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