19 de julho de 2016

Governo Federal anuncia conclusão da transposição para o fim de 2016

Um dos trechos do canal concluído no início deste ano (Foto: Divulgação/Ministério da Integração)
Apesar das dúvidas que ainda pairam sobre a transposição do Rio São Francisco, o governo federal garante para o fim deste ano a entrega da obra. Prejudicada, entre outras razões, pela transição entre Dilma e Michel Temer e pelo afastamento de algumas construtoras que tiveram seus nomes citados na Operação Lava Jato, o projeto vai beneficiar o Ceará e outros estado do Nordeste. Procurado pelo jornal O POVO, o Ministério da Integração Nacional informou trabalhar com a previsão para o próximo mês de dezembro.


No Ceará, o Cinturão das Águas é a principal promessa do Governo para amenizar os efeitos da seca no interior do Estado e em Fortaleza, caso haja racionamento de água na Capital, conforme veiculou jornal O POVO na última sexta (15/07).

Dono de custo inicial orçado em mais de R$ 8 bilhões e recente recebimento adicional por parte do Governo do Estado de mais de R$ 600 mil, o projeto, no qual devem ser aportados em breve R$ 10 bilhões para recuperação de nascentes e áreas degradadas, segue na dependência do atual ritmo das atividades para ser entregue. Com 87,4% de execução física (88,7% no Eixo Norte e 85,4% no Eixo Leste) e, segundo o Ministério da Integração (MI), suas equipes técnicas controlando as obras, o projeto tem orçamento acompanhado pelo Ministério da Integração, Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (MTFC), antiga Controladoria-Geral da União, (CGU).

Com visita realizada em abril deste ano por comitiva integrada pelos deputados estaduais Moisés Braz (PT), Leonardo Pinheiro (PSD), Sérgio Aguiar (PDT), Carlos Matos (PSDB) e Roberto Mesquita (PSD) nos municípios de Salgueiro (PE), Penaforte e Jati, ambas no Estado, as obras iniciadas em 2007 durante o governo Lula e previstas para serem encerradas em 2014 correm o risco de ainda serem atrasadas, já que estão sujeitas também a uma produção acelerada a fim de que o tempo em que elas ficaram paradas possa ser compensado nos próximos meses. Para isso, segundo o Ministério, houve ampliação do repasse financeiro mensal aos estados em até 43%. “O objetivo é acelerar as atividades das construtoras para que o cronograma pactuado com o governo federal seja cumprido”.

“Durante nossa ida ao local, o engenheiro informou que a previsão de chegada da água ao açude Jati, porta de entrada para o abastecimento no Ceará, é começo de agosto. Se isso acontecer, teremos água no nosso Estado entre novembro e dezembro. Esse intervalo é o tempo necessário para o escoamento”, explicou Leonardo, acrescentando que o prazo pode chegar a 2017. De acordo com Sérgio Aguiar, o prazo inicial era julho e, como houve atraso, a expectativa é o mês que vem.

O parlamentar, que informou não existir uma comissão ou frente da Assembleia responsável pelo acompanhamento das obras, disse ainda que a fase final independe de repasse dos recursos federais, já que a verba destinada ao Cinturão das Águas, meio pelo qual a água chegará ao açude Castanhão, já foi repassada aos cofres estaduais.

Com informações O Povo Online

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