21 de março de 2021

Ciro ironiza inquérito por crítica a Bolsonaro; Camilo defende aliado

Para Ciro o inquérito é algo positivo, pois revela desespero do presidente ante a oposição (Foto: Reprodução/Facebook)

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) deu de ombros para o inquérito instaurado contra ele pela Polícia Federal (PF), assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pelo ministro André Mendonça (Justiça e Segurança Pública).

Ao Estado de S. Paulo, o pedetista interpretou que o inquérito é algo positivo, pois revela desespero do presidente ante a oposição. "Trata-se de uma tentativa de constranger, de censurar, que está funcionando pelo oposto. Veja meu caso. Estou pouco ligando", ignorou.

Ciro disse à publicação paulista que o ex-presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), cometeu um "erro histórico" ao não acatar a abertura de processo de impeachment do mandatário.

A tese do pedetista é de que, se no plenário a matéria não prosperasse, pelo menos forçaria o militar a mudar a conduta negacionista adotada no decorrer da pandemia.

Aliado de primeira hora do pedetista, o governador Camilo Santana (PDT) saiu em defesa. Conhecido pelo modo ameno adotado até ao lançar críticas a adversários, o petista subiu um degrau no tom.

Para Camilo, "investigação deve ser para quem sabota medidas preventivas de combate à Covid, que tem matado milhares de brasileiros, e não para quem luta pela democracia e pelo Brasil."

Além de enaltecer o amigo, o recado publicado nas redes fez óbvia referência a Bolsonaro.

Ao colocar Ciro na mira de um inquérito policial por críticas políticas feitas durante entrevista em Sobral, Bolsonaro dobra a aposta no modus operandi de perseguição que tem sido usado contra opositores, valendo-se do aparato estatal.

O influenciador Felipe Neto foi intimado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro a depor após ter chamado o presidente de "genocida". O inquérito colocou mais fortemente o opositor do PDT no noticiário político.

Ciro é adversário direto do ex-presidente Lula na busca pelo voto de eleitores à esquerda. Na entrevista, ele afirmou não entregará a vitória ao petista facilmente.

Com informações portal O Povo Online

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