10 de janeiro de 2013

Carros podem sair da fábrica já equipados com bafômetro no Brasil

A Câmara dos Deputados analisa proposta que determina a instalação de bafômetros em veículos de frota. Pela proposta, o condutor deverá fazer o teste de nível alcoólico sempre antes da partida do veículo. Caso o resultado seja acima de um parâmetro pré-estabelecido, a partida será bloqueada. A medida está prevista no projeto de lei do deputado Manato (PDT-ES).

De acordo com a proposta, a instalação do aparelho será obrigatória em veículos destinados ao transporte escolar, em táxis e em frotas de caminhões, ônibus e vans. Esse será um item de fábrica obrigatório para veículos desses tipos produzidos a partir de 2014.

O autor do projeto explicou que esses aparelhos já foram testados nos Estados Unidos e na Suécia. Segundo ele, o custo de instalação seria de aproximadamente R$ 1 mil por veículo. “É um valor baixo se comparado aos prejuízos e acidentes caríssimos que a direção combinada com álcool pode acarretar. Ademais, as empresas teriam um gasto que, com certeza, seria mínimo em relação aos enormes prejuízos causados por acidentes no trânsito que, espera-se, diminuiriam muito”, argumentou.

Pelo texto, as empresas que descumprirem a nova regra estarão sujeitas a multa. Além disso, os condutores condenados por dirigir alcoolizados e causar acidentes terão penas mais duras.

O valor das multas, o tamanho das penas e os níveis de álcool permitidos no organismo dos motoristas serão definidos em um regulamento específico elaborado pelo Executivo.

O especialista em trânsito Luís Miura disse que o comportamento dos condutores que continuam infringindo a Lei Seca é uma questão cultural, indo além da simples criação de leis mais duras. “O brasileiro é mal acostumado a cumprir leis. Enquanto não houver fiscalização rigorosa, pressão forte, continuaremos com problema”, explica.

O pesquisador de trânsito da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em políticas públicas de transportes, Artur Morais, disse que o brasileiro vai começar a respeitar a lei a partir do momento em que ela cumprir o objetivo proposto. “Não é o aumento do valor que vai fazer a pessoa cumprir a lei, é a fidelidade da pena. Quando o cidadão tiver a certeza de que ela será aplicada igualmente a todos e com rigor, vamos começar a respeitá-la”.

Com informações O Povo Online

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