25 de outubro de 2014

Embate sobre corrupção marca último confronto entre Dilma e Aécio

O clima voltou a ficar tenso entre Dilma Rousseff e Aécio Neves no último debate antes das eleições, que acontecem neste domingo (Foto: Christophe Simon)
Após uma semana de relativa trégua entre os candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), o clima voltou a ficar tenso ontem, no último debate antes do dia da votação, neste domingo. Ataques movidos por denúncias de corrupção foram centrais no embate transmitido pela Rede Globo. Aécio Neves abriu o último debate televisivo da eleição presidencial com pergunta sobre reportagem publicada pela revista Veja à presidente Dilma Rousseff.

Segundo a revista, o doleiro Alberto Youssef disse em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, que Dilma e o ex-presidente Lula tinham conhecimento do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras.

Aécio perguntou à petista se ela, de fato, sabia do que ocorria. Dilma afirmou que Veja faz “uma calúnia e uma difamação” a ela. “A revista Veja não apresenta nenhuma prova do que faz. Eu manifesto aqui a minha inteira indignação. Essa revista tem o hábito de , ao final das campanhas, tentar dar um golpe eleitoral”, disse a presidente. “O povo não é bobo, o povo é sábio. Eu irei à Justiça para defender-me”, afirmou.

O presidente do PT, Rui Falcão, anunciou nesta sexta uma série de medidas judiciais contra a revista Veja por causa da publicação da reportagem.

Aécio seguiu com ataques a Dilma durante o primeiro bloco do debate. Questionou a presidente sobre os investimentos em Cuba, com a construção do porto de Mariel e disse ter documentos que provam que houve um financiamento atípico da obra.

Segundo o tucano, a obra foi financiada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para pagamento em 25 anos, quando o tempo normal para outras empresas é de 12 anos. Aécio também disse que foram oferecidas menos garantias de pagamento pelo governo cubano.

Dilma rebateu dizendo que quem estabelece o prazo de pagamento e as garantias são as empresas, e não o BNDES. “O governo FHC deu o mesmo empréstimo. Nós também fizemos, mas beneficiamos quem? Brasileiros, que são empregados”, afirmou.

A temperatura do debate entre presidenciáveis subiu após uma sequência de embates sobre corrupção entre Dilma e Aécio. O tucano questionou a presidente sobre o mensalão e a condenação do ex-ministro José Dirceu (PT), e a petista rebateu dizendo que o mensalão mineiro, que envolve o ex-governador mineiro Eduardo Azeredo (PSDB), nunca foi investigado. Nesse clima, a plateia reagiu com aplausos e vaias às respostas dos candidatos, que levaram o apresentador William Bonner a repreender os presentes no estúdio.

Aécio disse que os eleitores irão às urnas sem saber o que Dilma pensa sobre o mensalão. Também afirmou que a presidente poderia ter investigado todas as suspeitas sobre o PSDB durante os anos de governo.

Dilma respondeu dizendo que o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) deixou que o tempo para investigações passasse e que os casos fossem engavetados. A petista também afirmou que apenas o Ministério Público poderia desarquivar os processos.

Com informações O Povo Online

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