11 de março de 2014

PT pode ceder em seis estados, mas Ceará ainda indefinido

Tentando reverter crise na base aliada, o PT pode abrir mão de lançar candidatos em até seis Estados para apoiar nomes do PMDB. A informação foi confirmada ontem pelo presidente interino peemedebista, senador Valdir Raupp (RO), que já admite como “garantida” aliança entre os dois partidos em nível nacional. 

O caso do Ceará, uma das peças centrais da crise, permanece indefinido pelo menos até quinta-feira, quando cúpulas das legendas se reúnem para tratar de palanques regionais. 

A fala ocorreu após reuniões entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e lideranças peemedebistas durante todo o dia de ontem. Segundo Raupp, estariam na lista de renúncias do PT o Maranhão, Goiás, Alagoas, Paraíba, Tocantins e Rondônia. Sobre Rio de Janeiro e Ceará, dois dos principais focos de discordância, Raupp afirmou que é avaliada a criação de “procedimentos” para que não ocorram enfrentamentos diretos entre as legendas.

Na noite de ontem, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) também avaliou como “garantida” aliança entre petistas e peemedebistas. Com a afinação entre cúpulas mesmo sem o Ceará na lista de concessões, fica ainda menor a probabilidade de que Eunício Oliveira (PMDB) conte com apoio petista na eleição do Ceará. O caminho indicado, pelo menos até agora, é de que o PT mantenha apoio ao candidato de Cid Gomes (Pros) no Estado.

Em entrevista ao Jornal O POVO na noite de ontem, no entanto, Eunício afirmou que a questão cearense “ainda é negociada” e insistiu que ainda não há nada decidido sobre o assunto. “Não está nada certo, ainda estamos negociando. Não tem como o Ceará não entrar no centro dessa discussão. É um Estado delicado, porque não se tem como o PT ficar contra um nem contra outro”, disse.

Tentando avaliar pelo menos uma espécie de pacto de “não agressão” entre partidos nos Estados mais problemáticos, líderes do PMDB se reunirão com o ministro Aloizio Mercadante e o presidente do PT, Rui Falcão, na quinta-feira. Além do Ceará, outro ponto de discordâncias entre os partidos é o Rio de Janeiro, onde o PT tenta emplacar Lindbergh Farias ao Estado - contrariando o PMDB.

Apesar de dar o braço a torcer nos Estados, a presidente manteve decisão de não indicar para seus ministérios nomes apontados pela bancada do PMDB na Câmara. A ideia da petista é nomear senadores peemedebistas para vagas da cota dos deputados, em estratégia para isolar o líder do partido, Eduardo Cunha (RJ), na Câmara.

Nas últimas semanas, Cunha e parte da bancada do PMDB têm se rebelado e ameaçado criar dificuldades para o governo em votações do Legislativo. Entre as ameaças, está a possibilidade da aprovação da convocação de ministros.

Com informações O Povo Online

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