4 de outubro de 2013

TSE barra criação do partido de Marina Silva

Marina acompanhou sessão do pleno do Tribunal Superior Eleitoral – foto Alan Marques
Principal candidata da oposição ao governo Dilma Rousseff de acordo com as últimas pesquisas, a ex-senadora Marina Silva viu o pedido de registro da legenda Rede Sustentabilidade ser rejeitado na noite de ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral. Por 6 votos a 1, o pedido de criação do partido foi rejeitado pelo pleno da corte, com voto favorável apenas do ministro Gilmar Mendes. Para atingir o número mínimo de assinaturas, a Rede pedia que o TSE tornasse válido um lote de quase 100 mil assinaturas que haviam sido rejeitadas pelos cartórios eleitorais de forma injustificada, segundo o partido. A relatora, Laurita Vaz, negou esse pedido sob o argumento de que é “inconcebível com o ordenamento jurídico a validação [das assinaturas] por mera presunção”. 

A decisão representa um duro golpe nas pretensões de Marina Silva de disputar pela segunda vez o Palácio do Planalto --há exatos três anos ela saía das urnas como a terceira maior força política nacional, tendo obtido na ocasião 19,6 milhões de votos para a Presidência da República. Caso mantenha a intenção de se manter na disputa, Marina terá que se filiar entre hoje e sábado a uma outra legenda --o nanico PEN (Partido Ecológico Nacional) e o PPS são cogitados--, hipótese que ela sempre se negou a comentar e que destoa de suas frequentes declarações de que a criação da Rede Sustentabilidade representava um amplo “projeto de país”, não um mero empreendimento eleitoral.

A ex-senadora compareceu à sessão do TSE acompanhada de vários políticos e aliados que participaram da tentativa de montagem da Rede. Na entrada, ela manifestava que estava bastante esperançosa na aprovação de seu partido. As assinaturas de apoio à agremiação começaram a ser recolhidas em fevereiro, mas a Rede afirma ter encontrado uma série de dificuldades nos cartórios eleitorais, que são responsáveis por checar se os dados recolhidos conferem com aqueles que constam do banco de dados eleitoral.

A Rede diz ter recolhido mais de 900 mil apoios e, após triagem interna, encaminhou mais de 600 mil aos cartórios --mas só 442,4 mil foram validados. De acordo com a última pesquisa do Datafolha, Marina tinha 26% das intenções de voto à presidência, melhor pontuação de candidato de oposição a Dilma, que somava 35%.

O deputado federal Walter Feldman (ex-PSDB-SP), um dos principais articuladores da Rede Sustentabilidade, afirmou ontem que foi procurado nas últimas 24 horas por sete partidos que ofereceram a legenda para que a ex-senadora se filiasse. Com a rejeição da criação da Rede, haveria a opção de que Marina se filie a outra legenda para concorrer ao Palácio do Planalto em 2014. Mas a ex-senadora tem se recusado a hipótese. Feldman também diz considerar muito difícil que Marina vá para outra sigla.

Segundo ele, o provável é que não seja candidata. Sua prioridade seria dar continuidade à criação da Rede. “Sete partidos nos procuraram. Há série de agremiações partidárias desejosas de terem Marina e muita manifestação de solidariedade”, disse Feldman, que não quis revelar o nome das siglas.


Com informações O Povo Online

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