12 de março de 2013

Fumaça negra avisa que ainda não há um papa eleito

Fumaça preta sai da chaminé da Capela Sistina e conclave ainda não elege o novo Papa - Andreas Solaro
Os cardeais eleitores fizeram uma primeira votação para a escolha do novo papa nesta terça-feira e o resultado não foi conclusivo. A prova foi a fumaça negra saindo da chaminé instalada no teto da Capela Sistina.
O segundo dia do conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI tem previstas duas votações pela manhã e duas à tarde. Caso não haja um nome de consenso, como ocorreu na votação desta terça, novamente os fiéis verão fumaça negra saindo da chaminé. Se algum nome alcançar maioria de dois terços, ou 77 votos, a fumaça será branca, anunciando que a Igreja Católica tem um novo papa.

O conclave teve início com a procissão dos 115 cardeais eleitores da Capela Paulina até a Capela Sistina, no Vaticano. Eles também prestaram juramento de sigilo, um a um, e todos os que não participariam do processo de votação deixaram o local. Nenhum contato com o mundo exterior é permitido durante o conclave.

Pela manhã, uma missa na Basílica de São Pedro iniciou os ritos para a escolha do novo pontífice. O decano do Colégio dos Cardeais, Angelo Sodano, responsável pela homilia, pediu aos cardeais que elegerão o novo papa que se comportem de “maneira digna”, com “humildade, mansidão e paciência”. Ele ainda pediu aos membros do conclave que colaborem para manter a unidade da Igreja.

Contexto – Um conclave realizado com o antigo papa ainda vivo é uma novidade para os cardeais no Vaticano, mas este ano, o conclave que escolherá o sucessor do agora papa emérito Bento XVI tem outra situação incomum. As reuniões preparatórias giraram em torno de temas incômodos para o Vaticano, como as irregularidades no Banco do Vaticano e a descoberta de chantagem envolvendo altos integrantes da Cúria que participavam de orgias homossexuais. Houve discussões sobre a divulgação do conteúdo de um relatório com informações sobre os problemas internos da Cúria aos cardeais – a expectativa é que apenas o futuro papa tenha acesso ao documento.

Os cardeais americanos foram os mais insistentes, mas depararam com a resistência dos cardeais da Cúria, liderados pelo ex-secretário de Estado Tarcísio Bertone. Apesar da tentativa do camerlengo de esconder os desmandos no Vaticano, muitas informações foram publicadas por jornais italianos. Para alguns cardeais, ter acesso ao conteúdo completo da apuração encomendada por Bento XVI a três cardeais de sua confiança poderia influenciar seu voto, já que uma das características apontadas como essenciais para o próximo pontífice é a habilidade de gerir problemas e conhecimento sobre a Cúria Romana para poder reformá-la.

Com informações Portal Terra

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